Por Roger Huanca (UEPB)
O Ensino-Aprendizagem torna-se significativa
quando encontramos um problema para modelizar. É um paradigma do
processo de ensino-aprendizagem, que coloca o aluno como foco central
dessa interação, e torna-o capaz de construir seu próprio conhecimento
através da resolução de problemas.
Não se trata apenas de buscar a solução do problema, mas entender a
finalidade e utilidade da situação questionada e quais os objetivos do
ensino e de aprendizagem. Constitui-se em uma atitude de construção do
conhecimento em que todas as etapas utilizadas são fundamentais e não
apenas o resultado final do problema. Os estudantes devem identificar a
partir da situação-problema, quais são os objetivos de estudo, para a
resolução do problema em questão. O professor deve estimular o aluno a
ser um constante pesquisador, é sem dúvida uma das tarefas que a
aprendizagem fundamentada nessa abordagem pode realizar. Deve haver
coerência entre os motivos e as finalidades no conteúdo matemático
abordado.
Em um sistema de significação onde a ordem social é comunicada,
reproduzida, experimentada e explorada, existe diálogo e interação. A
realidade é produzida, alimentada, restaurada e transformada.
Ao contrário do modelo transmissor de ensino (que não implica a
interatividade e participação e sim a cópia e a reprodução de tarefas), a
resolução de problemas pressupõe como linha norteadora a participação e
a informação como alicerce do exercício da democracia e cidadania,
fazendo o vínculo indivíduo-sociedade, formando uma comunidade de
aprendizagem para um futuro melhor.
No estudo dessa abordagem metodológica é necessário que o professor faça
a descrição clara do problema, estabeleça as metas esperadas para a
resolução do problema, administre o tempo esperado para a resolução e
identifique a importância ou significância da tarefa em relação aos
objetivos. Para tanto, seguiremos algumas etapas: leitura individual e
em grupo identificando o problema (isto proporciona alta possibilidade
de ser resolvido); observação pelo professor (reconhecimento se os
estudantes entenderam o problema); problemas secundários (descoberta das
principais causas que os estudantes não entenderam o problema); ação
(eliminadas a dúvidas é fundamental para a colocação da ação em prática,
ou seja, os estudantes utilizaram o pensar matemático para a resolução
do problema); resultados na lousa (com o trabalho dos estudantes
terminado, o professor anotaria na lousa os resultados obtidos pelos
diferentes grupos, certos ou errados, como também feitos por diferentes
caminhos); plenária (da eficácia da ação, comparação entre as situações
“antes e depois” das ações a serem executadas); consenso (a partir da
análise feita, com a devida retirada das dúvidas, busca-se um consenso
sobre o resultado pretendido); formalização (resumo do conteúdo
pretendido a ensinar através do problema e planejamento para um trabalho
futuro, refletir sobre as coisas que transcorreram bem e mal durante a
melhoria da atividade).
A aprendizagem, desta forma, abre espaço para que os educandos possam
pensar e julgar por si, desenvolvendo o pensamento, a autonomia e a
criatividade. Possibilitando assim, que os aprendizes, ao determinarem,
opinarem, debaterem, tornam-se protagonistas, tendo compromisso com a
sociedade, buscando a sua identidade . Na mediação do professor está o
segredo para desencadear o processo da construção do conhecimento
através da resolução de problemas de forma sistemática e planejada.
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